Garantir o equilíbrio feminino no âmbito econômico, educacional, cultural e político, promove, além de melhorias e inclusão, o exercício da nossa democracia, do desenvolvimento e da paz.
Durante anos, as mulheres desempenharam apenas o papel de donas do lar e cuidadoras da família, mas essa realidade tem mudado progressivamente. Conquistamos direitos essenciais e que devem ser exercidos de forma igualitária, sem que haja qualquer distinção referente às características de nosso gênero.
Hoje, presentes em diferentes espaços da sociedade, participamos ativamente das decisões, progredimos e incentivamos mulheres a conquistarem o lugar que elas sonham.
Mas mesmo ocupando espaços importantes na sociedade, seja no setor público, privado, as mulheres ainda sofrem com: desvalorização, assédio, violência, ausência de oportunidades e com o “trabalho invisível” ou doméstico realizado todos os dias e sem remuneração.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, as mulheres perdem cerca de 20 horas semanais em afazeres domésticos, somado à ocupação remunerada.
A junção dessas duas ocupações formam uma dupla jornada, que gera desgaste físico, emocional e causa impactos negativos na saúde e vida profissional de mulheres que acabam desestimuladas a evoluir profissionalmente.
Visto que 32,7% das mulheres negras trabalham de 22 a 30 horas semanais, frente a 26% das mulheres brancas, recebendo 57% a menos que um homem branco e 42% a menos que uma mulher branca, de acordo com dados do IBGE.
A desigualdade de gênero, raça e cor também aparece quando passamos a olhar para o racismo estrutural. De acordo com o levantamento, as mulheres negras estão mais expostas a salário e condições de trabalho precárias.
A importância das mulheres nos espaços de poder
De modo frequente, as mulheres sofrem desafios e violências diferentes das enfrentadas pelos homens. Por essa razão, nada mais justo que as alternativas para seus obstáculos sejam propostas e debatidas por mulheres.
Neste cenário, fica evidente a urgência de mais mulheres na política. Buscar soluções para esses problemas em seu cotidiano evidencia a necessidade de uma administração pública voltada para as mulheres.
Para estimular a formação política e apoiar mulheres que sonham em contribuir e ocupar espaços na política, a Fundação 1º de Maio trabalha há 7 anos no desenvolvimento de cursos, debates, palestras, eventos e capacitações.
Nossa instituição é ligada ao movimento dos trabalhadores e ao partido Solidariedade. Acreditamos no compromisso com a igualdade de oportunidades, salário e condições de trabalho tanto para homens, quanto para as mulheres.
No que se refere à educação e qualificação das mulheres, a Fundação 1º de Maio oferece três cursos, tanto no formato online, quanto presencial, desenvolvido ao público feminino, com metodologias e profissionais capacitados para ensinar de acordo com as realidades femininas.
O curso Elas Podem+ na liderança, tem o objetivo de desenvolver habilidades e competências para que as mulheres consigam alcançar espaços de gestão, tanto na esfera pública, quanto na privada. Enquanto o Elas Podem+ no mercado de trabalho, prepara a consciência acerca da trajetória feminina no mercado, fomenta o debate e busca possibilidades de acelerar a inclusão das mulheres nos espaços de poder por meio de políticas públicas.
Por fim, o Lidera+, é referência na capacitação política de mulheres de todo o país. Em parceria com a Secretaria Nacional da Mulher do Solidariedade, o curso já formou mais de 200 mulheres entre 2019 e 2022, voltado para capacitar e prepará-las para a disputa política.
Acreditamos que os cursos disponibilizados e o apoio da equipe de profissionais da 1º de Maio tem contribuído para impactar positivamente não só a vida de mulheres, mas paulatinamente para posicionar e aumentar a representatividade de mulheres negras, trans e demais membros da comunidade LGBTQIA+.
Nossa luta é para que o lugar da mulher seja realmente onde ela quiser! Que elas possam alcançar posições de liderança tão almejadas, participem ativamente das decisões importantes e que suas vozes não sejam silenciadas nem na política, nem no seu cotidiano. Seguimos juntas na luta!
