Brasil tem mais de 17 milhões de pessoas com deficiência, mas pouca representatividade em espaços importantes

Um levantamento realizado em parceria entre o Ministério da Saúde e o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) traz informações sobre as condições de saúde da população brasileira. Para as pessoas com idade acima de 60 anos, os números mostram que uma em cada quatro pessoas apresentam algum tipo de deficiência. Já a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que aproximadamente um terço das pessoas com mais de 65 anos serão afetadas pela perda auditiva incapacitante até 2050. 

No Brasil, as pessoas com deficiência são minimamente representadas na política. “Até vemos condições especiais apenas para os eleitores com alguma deficiência. A meu ver, seria ideal se houvesse reserva de vagas para pessoas com deficiência no âmbito legislativo federal, estadual e municipal. Eis, porque é importante que pessoas com deficiência tenham um sistema de cotas”, explica Sigrid Spolzino Porto Pontes, secretaria estadual da Pessoa com Deficiência do Solidariedade (MA).

LEI DE COTAS

Para reduzir as barreiras de acesso a postos de trabalho, foi instituída a Lei Federal nº 8.213, de 24 de julho de 1991, estabelecendo que empresas com mais de 100 funcionários devem ter entre 2% e 5% de pessoas com deficiência contratadas em condições iguais aos demais.

Para Sigrid, os avanços ainda esbarram na questão cultural: “Vemos pessoas com deficiência de diferentes níveis de escolaridade, atuando em diversos setores, entretanto, a qualidade das vagas inclusivas ainda é baixa e, na maioria das vezes, a escolha do candidato é feita apenas como forma de cumprir a lei”.  

PREJUÍZO EDUCACIONAL 

A escola tem papel de incluir, não de segregar. De acordo com o Censo Escolar de 2020, cerca de 27% da população com alguma deficiência não possuem qualquer tipo de instrução ou tem apenas o ensino fundamental incompleto.

ESPORTE

Esporte é qualidade de vida e saúde. Os benefícios da prática de atividades desportivas são reconhecidos por meio de ações globais de promoção da saúde. No Brasil, o esporte paraolímpico tem pouquíssima visibilidade, muitos só enxergam em época de Paralímpiadas. Nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, das 22 modalidades praticadas, o país estava representado em 20 delas. A delegação brasileira, com cerca de 260 atletas, ficou entre os 10 primeiros países no quadro de medalhas, repetindo os bons resultados das últimas duas Paralímpiadas.

POLÍTICAS PÚBLICAS DE INCLUSÃO

“Precisamos de mais sensibilidade e consciência para mobilizarmos ações que deem condições de acessibilidade àqueles que precisam, diminuindo uma possível situação de vulnerabilidade. É preciso entender que não se trata de uma doença, mas entender que “deficiência” é uma condição na qual há a falta de estrutura, bens ou de serviços, capazes de garantir o bem-estar do indivíduo”, conclui a secretária estadual da Pessoa com Deficiência do Solidariedade (MA), Sigrid Spolzino.

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