Você sabia que a participação das mulheres na política do Brasil é uma das mais baixas do mundo? No relatório Mulheres no Parlamento, da ONU Mulheres e UIP, União Interparlamentar, em julho de 2021, nosso país de dimensões intercontinentais, e com a população feminina correspondendo a 52,2% da população brasileira, ocupava a desacreditada 142ª posição no ranking de países com maior participação de mulheres na política. Parece ruim e fica pior quando nos deparamos com os dados analisados que mostram que o levantamento engloba 192 países.
Bem longe de ser maioria na política nacional, as mulheres correspondem, segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a apenas 15% dos membros da Câmara Federal, no âmbito do Senado a representatividade é ainda menor: apenas 12%. No Brasil, 900 municípios não elegeram nenhuma vereadora nas eleições de 2020.
Os dados alertam para a necessidade de engajamento político feminino não só no campo da política partidária, mostra que o debate precisa se estender pelos lares, escolas e sociedade pelo próprio bem da democracia.
Não podemos continuar alheias à criação de políticas públicas voltadas às mulheres. Precisamos participar das tomadas de decisões e incentivar o voto nas candidaturas femininas na luta por igualdade, respeito e direitos.
Vivemos em um país de machismo estrutural, onde embora sejamos maioria, mulher não vota em mulher. No universo da política, é infinitamente mais fácil para um homem ingressar e participar de dela ativamente. Já para as mulheres, de maneira especial às mães, o peso das responsabilidades com os filhos, a casa e com suas profissões são barreiras quer as impedem de investir e insistir em suas carreiras na política.
Não bastando os regimentos machistas, serem a minoria na ocupação de espaços e as muitas pautas femininas engavetadas, ainda são silenciadas de diversas formas. Corriqueiramente as mulheres têm suas falas interrompidas, microfones silenciados, lidam com comentários grotescos, julgamentos sexistas e muitas vezes, quando falam ou não prestam atenção no que dizem.
Para reverter a escassez de representantes femininas e a falta de pluralidade no debate político devemos lutar pelo fim da violência política de gênero e fazer com que os espaços de grandes decisões democráticas sejam ambientes respeitosos às mulheres, onde possam ser ouvidas e tenham plena liberdade e segurança para exercerem os cargos que lhes foram confiados.
Por querer estar presente em cada canto do Brasil através de iniciativas políticas femininas é que nós, da Secretaria nacional da Mulher do Solidariedade, promovemos o Lidera+, a maior formação política exclusiva para mulheres do país, incentivando talentos, promovendo ações efetivas para o alcance da equidade e o apostando na capacitação de lideranças femininas para os desafios nas futuras eleições.
Outra grande oportunidade para as mulheres que desejam se qualificar para a vida política são os cursos que oferecemos em parceria com a Fundação 1º de Maio, gratuitos e disponíveis na modalidade Educação à Distância. Conheça mais acessando https://www.fundacao1demaio.org.br/formacao/