Violência contra a mulher: um desafio urgente para a democracia brasileira

A violência política contra as mulheres é alarmante, persistente, desmoralizante, afeta a integridade dos processos democráticos e diminui a representatividade de gênero tanto na sociedade, quanto na política.

Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, em anos eleitorais, há um aumento significativo de relatos de assédio e intimidação, especialmente direcionados a candidatas e eleitoras. Este fenômeno não apenas fere a integridade das mulheres, mas também ameaça as bases democráticas do país.

Para se ter ideia do abismo da representatividade feminina na política, nas eleições municipais de 2024, o Brasil possui aproximadamente 156 milhões de eleitoras e eleitores prontos para as votações de outubro. Desses, 81 milhões são mulheres, correspondendo a 52% do total. Em relação às candidaturas, das 462.155 registradas para os cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador, somente 158 mil são mulheres, representando 34% do total.

A situação é alarmante, mas também há vozes que clamam por mudança. “A violência contra mulheres na política não é apenas um ataque à individualidade, mas sim um ataque à democracia. É hora de todos nós sermos vigilantes e ativos na luta contra essa violência. Ainda há tempo!”, destaca Maria Aparecida dos Santos, secretária nacional do Solidariedade Mulher.

Para entender o quadro atual, é essencial considerar os números. Em um levantamento do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, 40% das mulheres que participaram de campanhas políticas alegaram ter sido vítimas de violência, seja ela verbal, física ou psicológica. Além disso, pesquisas apontam que o assédio nas redes sociais aumentou 60% em campanhas eleitorais passadas, criando um ambiente hostil para mulheres que desejam se candidatar ou exercer seu direito de voto.

“No dia a dia, aqui em Brasília, presenciamos cenas no maior parlamento do país que envergonham toda a nação. Percebo que precisamos de uma mobilização coletiva. A luta contra a violência política deve ser prioridade, e isso só será possível com a conscientização da sociedade e políticas públicas eficazes”, nos conta Jacqueline Santos, assessora de Comunicação do Solidariedade na Câmara dos Deputados.


Às vésperas das eleições, é fundamental que partidos políticos, órgãos públicos e a sociedade civil se unam para debater e implementar medidas que garantam a segurança e a igualdade de gênero no ambiente político.

O Solidariedade Mulher luta por uma política inclusiva, respeitosa e livre de violência. Formamos mulheres que estão prontas para enfrentar desafios com a coragem e a resistência de quem sabe que o único caminho para se conquistar nossos lugares é seguir em frente.

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