Gravidez saudável: a importância do pré-natal para saúde da gestante e do bebê

O pré-natal é a estratégia mais eficaz para evitar problemas materno-fetal. É uma etapa indispensável tanto para as gestantes, quanto para os bebês. Sendo uma das principais formas de combater as mortes por causas evitáveis nesse período.

Dados da Fundação Abrinq mostram que o número de óbitos maternos em 2020 foi o maior em dez anos. Para as usuárias do SUS (Serviço Público de Saúde), as deficiências na oferta os serviços, como a realização periódica dos exames, é um dos maiores fatores que não permitem a conclusão de um pré-natal tranquilo e adequado. O estudo aponta algumas saídas como a padronização das condutas, atualização dos profissionais envolvidos e a sensibilização sobre sua importância em toda essa rede de apoio.

Giselle Vaz, enfermeira do SUS, 1ª vice-presidente do Solidariedade em Divinópolis (MG) e pré-candidata a deputada estadual (MG)

“Os municípios, diante de uma gestão omissa do Ministério da Saúde, reuniram esforços na tentativa de diminuir os impactos desastrosos do coronavírus e evitar o máximo de mortes possíveis da população, em especial as pessoas de alto risco. Desta forma, não é de se assustar que as metas de pré-natal não tenham sido alcançadas, visto não apenas a sobrecarga experienciada pelas equipes, mas também a insegurança das gestantes em comparecerem às unidades de saúde para acompanhamento, sendo que estas estavam lotadas de pacientes com sintomas respiratórios”, comenta Giselle Vaz, enfermeira do SUS, 1ª vice-presidente do Solidariedade em Divinópolis (MG) e pré-candidata a deputada estadual (MG).

“A assistência pré-natal quando oferecida e realizada de forma adequada colabora na identificação de doenças na mãe e permite tratamento em tempo hábil a fim de reduzir seu impacto no bebê. Além disso, é na consulta de pré-natal, com o médico e/ou enfermeiro, que podem ser identificadas intercorrências durante a gestação e correto tratamento das mesmas. Ocorre ainda a avaliação de risco gestacional permitindo assim, se necessário, correto encaminhamento das gestantes para um serviço de maior complexidade; também são fornecidas orientações de autocuidado, acolhimento psicossocial e educação para o parto e aleitamento materno garantindo assim, redução de complicações durante todo o período”, esclarece a enfermeira.

Giselle explica que ao longo dos anos, com a criação e implantação de serviços articulados para o cuidado integral à gestante e ao recém-nascido, houve um aumento no acesso das mulheres ao cuidado pré-natal e à assistência qualificada, o que impactou na redução da morbimortalidade materna e infantil. Entretanto, esses índices de mortalidade ainda continuam elevados e ocorrem, em sua grande parte, por causas evitáveis como por exemplo, hipertensão, diabetes e infecções.

PRÉ-NATAL PSICOLÓGICO

Não é só a saúde física que deve ser monitorada durante a gravidez. Gerar um filho traz inúmeras mudanças ao corpo, à rotina, à casa e à vida pessoal. As mudanças físicas e hormonais que acontecem durante a gravidez trazem consigo consequências emocionais muitas vezes difíceis de administrar.  

Um atendimento especializado é capaz de diagnosticar precocemente e alertar quanto à saúde mental da gestante. Evitando, por exemplo, uma depressão, que pode ser pré-existente

Um atendimento especializado é capaz de diagnosticar precocemente e alertar quanto à saúde mental da gestante. Evitando, por exemplo, uma depressão, que pode ser pré-existente e se intensificar, pode começar durante a gestação ou no puerpério, a chamada depressão pós-parto.

Para a saúde materno-fetal, “a relação de confiança construída no território entre os profissionais da equipe de saúde da família (eSF) na APS e a gestante, possibilita a implementação de ações qualificadas e humanizadas para a assistência integral da gestante e do recém-nascido”, continua.

“Considero assim, de suma relevância termos à frente da construção de políticas públicas, profissionais com conhecimento técnico-científico e vivência prática no Sistema Único de Saúde a fim de evitar a criação de orientações e projetos não condizentes com as melhores evidências de prática clínica. E por fim, considero imprescindível maior participação feminina na elaboração de programas e políticas públicas voltadas à saúde da mulher”, finaliza Giselle.

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