Somente ampliando a representatividade feminina na política teremos uma democracia efetiva e uma sociedade mais igualitária. Pensando nisso, a Secretaria Nacional da Mulher do Solidariedade, em parceria com a Fundação 1° de Maio, realiza o Lidera+, o primeiro e único programa de formação política destinado a mulheres que desejam ingressar na política e concorrer de forma igualitária nas próximas eleições. Hoje (18), o curso lançou sua 2ª edição, que contou com a participação de 90 mulheres das mais diversas regiões do país, reunidas em Guarulhos/SP.
Sidney Cruz, vereador (SP), Pedro Nepomuceno, presidente municipal do Solidariedade de São Paulo (SP), Luiz Adriano, secretário-geral do Solidariedade Nacional, Samanta Costa, presidente da Fundação 1º de Maio, Loreny Caetano, secretária nacional da Mulher do Solidariedade e Paulinho da Força, deputado federal (SP) e presidente nacional do Solidariedade, participaram da abertura solene do evento, que contou como mestre de cerimônias, Paulo Pequeno, secretário nacional da Pessoa com Deficiência do Solidariedade.
“Não podemos esperar até 2118 para termos uma política igualitária. Precisamos da igualdade de gêneros agora na política!”, defende Loreny, secretária nacional da Mulher do Solidariedade.
“Precisamos de mais mulheres na política para fazer o Brasil voltar a crescer, nosso Congresso precisa de mais mulheres. Quem vai decidir o futuro do Brasil são as mulheres”, reforça o deputado Paulinho da Força.
Mais capacitação para mais mulheres eleitas em 2022
Maria Izabel Simões diretora financeira da Fundação 1° de Maio, e Samanta Costa, presidente da Fundação 1º de Maio, abriram o dia com a apresentação do Solidariedade e da Fundação 1º de Maio. “O Solidariedade defende a política baseada no diálogo e parceria de compromisso com o futuro”, apresenta Samanta. “Para capacitar mais mulheres para que se preparem para as eleições, nós temos a Fundação 1º de Maio”, emenda Maria Izabel.
Loreny Caetano, secretária nacional da Mulher do Solidariedade apresentou as propostas programáticas da Secretaria que comanda. “Estamos trabalhando para termos mais mulheres eleitas. Precisamos de estudo, mas também de militância, de luta”, expõe. “Mulher tem que apoiar mulher, precisamos de representatividade”, finaliza.
Empoderamento e mulher na política
A historiadora Camila Braga, abordou sobre os partidos políticos no Brasil e contou um pouco de sua trajetória na política. “Tenho 15 anos de atuação política no movimento estudantil. São 15 anos de estudo e mesmo assim a gente nunca tem resposta se está ou não preparada. Lembro da minha trajetória, quando vejo alguém me apresentando e vejo a filha de um mecânico falando para as futuras deputadas do Brasil”, conta.
Em sua fala, Camila destacou a luta de mulheres como Alzira Soriano, primeira prefeita eleita no Brasil e de Celina Guimarães, primeira eleitora da América Latina.
Laiz Soares, consultora da Fundação 1° de Maio e presidente municipal do Solidariedade em Divinópolis/ MG, falou sobre a importância das mulheres diante de cargos eletivos. “Os homens sempre têm certeza do que quer, mesmo às vezes sendo completamente ignorantes. As mulheres, mesmo com muito conhecimento, ainda têm essa insegurança de dizer o que pensam. Precisamos quebrar isso”, incentiva as participantes.
Darlan Campos, consultor em Marketing Político, expôs como se dá a trajetória de um partido político e deu dicas para uma campanha bem sucedida. “O maior desafio das eleições presidenciais de 2022 é atingir a pessoa certa com a mensagem certa. O protagonista de 2022 será o mix de meios – ou seja, a mesma mensagem, adaptada à internet, TV, impresso, mas a mensagem deve ser a mesma”, ensina.
Estratégias de mobilização política e engajamento
Daniel Machado, consultor em Marketing Político e Gestão de Qualidade, falou sobre a importância da mobilização, principalmente em períodos eleitorais. “Fale com quem está na sua rua, no seu bairro, na sua cidade e só depois na sua região. Ligue para seus contatos da agenda telefônica, vá às ruas, converse. Uma eleição não se ganha apenas com as redes sociais”, explica.
O parceiro da Fundação 1º de Maio, Todos pela Educação, também esteve presente no evento, representado por Kayli Capucci, coordenadora de Relações Governamentais, e Brenda Prata, analista de Relações Governamentais da instituição. “Essa iniciativa é incrível, pessoalmente, como mulher, acredito muito na potência feminina, precisamos de mais mulheres na política e falando de educação. Nós, do Todos pela Educação, defendemos a educação no Brasil e com mais mulheres na política poderemos impulsionar melhor essa pauta. Gostaria que todas as fundações do Brasil tivessem essa iniciativa”, comemora Kayli.
Aprendizado continua no fim de semana
As aulas presenciais continuam amanhã, sábado (19) e segue até o domingo (20). Os módulos II e III ocorrem de forma remota, no EaD da Fundação 1º de Maio, e o último será presencial, com local a definir.
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