Meninas de até 9 anos são as maiores vítimas da violência contra a mulher no Brasil

A violência contra a mulher é uma questão alarmante e que não pode ser ignorada. A cada ano, os dados revelam um aumento preocupante nos casos de agressões, muitos dos quais permanecem silenciados. De acordo com o Atlas da Violência 2024, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é agredida fisicamente a cada dois minutos no Brasil. Entre as vítimas mais frequentes da violência doméstica e intrafamiliar, destacam-se as meninas de até 9 anos.

Os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde, revelam que, em 2022, foram registrados 144.285 casos de violência doméstica e intrafamiliar contra mulheres. Desses, 21.875 casos envolviam meninas nessa faixa etária, sendo a agressão física a forma mais comum de violência dentro do ambiente familiar.

Em quase todas as faixas etárias, a maioria dos agressores é composta por homens. No entanto, no caso de agressões contra meninas de até 9 anos, a proporção entre homens e mulheres é igual, com ambos representando 50% dos agressores.

“Precisamos romper o ciclo que perpetua a violência dentro dos lares. Esses números não refletem apenas casos isolados, mas uma realidade silenciada que existe no cotidiano dessas famílias. A violência contra a mulher é um reflexo de uma sociedade que ainda tolera a desigualdade de gênero”, afirma Stella Autuori, coordenadora de parcerias e projetos da Fundação 1º de Maio.

Embora esses dados sejam alarmantes, é crucial reconhecer que a violência contra a mulher não é um fenômeno recente. O machismo, o patriarcado e a cultura de opressão têm raízes profundas na sociedade.

A deputada federal Maria Arraes, autora de Projetos de Lei que visam proteger a integridade física, moral, patrimonial, sexual e psicológica das mulheres, tem se dedicado a construir novas políticas públicas que garantam oportunidades, dignidade e autonomia financeira.

“Quando falamos sobre crimes que afetam a dignidade sexual das mulheres, os números são realmente chocantes. Nosso mandato atua na proteção das mulheres em diversas frentes, incluindo a criação de projetos educativos como o ‘Projeto do Banco Vermelho’, que transforma espaços públicos com frases que estimulam a reflexão sobre a violência e informam sobre canais de emergência, como o Disque 180, o principal canal do Brasil para denúncias e apoio às vítimas”, explica Maria.

Para combater e mitigar a violência de gênero, é fundamental implementar políticas públicas eficazes. Por isso, lutamos pela maior representatividade feminina nos parlamentos e nas casas executivas. Nossos parlamentares em Brasília estão comprometidos em apoiar as prefeitas eleitas pelo Solidariedade na implantação ou ampliação dos CREAS (Centros de Referência Especializado de Assistência Social), que atendem pessoas e famílias que enfrentam situações de violência ou violação de direitos. Além disso, a capacitação contínua de profissionais de saúde e segurança, bem como a aplicação de penas mais rigorosas para agressores, são medidas que requerem atenção imediata.

No entanto, essa luta não pode ser feita isoladamente. Somente a união entre governo, sociedade civil e setor privado poderá criar um ambiente seguro onde as mulheres possam viver sem medo. Podemos contar com você nessa batalha?

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