Quem são os componentes do Poder Legislativo no âmbito Federal?
E quem é o político que elegemos para o Poder Executivo nos Municípios?
Você sabe responder a essas perguntas?
E se perguntá-las às pessoas a sua volta agora mesmo?
Enquanto faz uma pausa na leitura deste texto, pergunte na sua casa, no trabalho ou mesmo no transporte, as pessoas saberão responder?
Pois é… infelizmente a lição básica ou o mínimo para começarmos uma conversa sobre política não são conhecidos pela maioria das pessoas no nosso país. Este é o motivo pelo qual eu defendo muito a educação política, percebo que neste contexto está a chance de uma transformação grandiosa para o nosso país. Acredito que cidadãos mais conscientes dos seus direitos e deveres acabam sendo mais exigentes com seus governantes/políticos. Por consequência, os governantes vão precisar trabalhar mais e melhor, mostrar mais resultados para atender a estes cidadãos/eleitores. Por fim, isso melhora a sociedade, a qualidade de vida para todos e todas.
Legal, mas e o que isso tem a ver com a participação das mulheres na política?
Tudo!
A começar pelo fato de que tendo consciência sobre o papel representativo do Poder Legislativo (vereadores e vereadoras nas cidades, deputados e deputadas estaduais nos estados, deputados e deputadas federais e senadores e senadoras da república na união ou nível federal) ficaria muito evidente para todas as pessoas de que é muito baixa a representatividade feminina na política.
Do total de 5.570 municípios, nós não somos nem 12% das eleitas prefeitas. De 513 cadeiras de deputado na Câmara dos Deputados em Brasília, somos apenas 70, mas a população brasileira é formada por maioria de mulheres, somos 52% da população.
Então o que está acontecendo que não elegemos mulheres? Não há candidatas interessadas o suficiente? As mulheres têm dificuldade em se candidatar? Por quais motivos? Com educação política a sociedade brasileira questionaria muito mais essa realidade, as pessoas pensariam mais a respeito e, possivelmente, analisariam, apoiariam e até votariam mais em mulheres – desde que também sejam capazes e preparadas para as funções pleiteadas, claro.
Neste sentido, o Solidariedade Mulher trabalha e investe suas energias e recursos para alcançar com nossos conteúdos essa reflexão em homens e mulheres, eleitores e eleitos. Além disso, também promover a educação política em que acreditamos para formar cidadãos exigentes e candidaturas competentes para que eleitas promovam o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida com justiça e equidade no Brasil.