Vozes femininas: o que as mulheres esperam para 2025?

À medida que nos aproximamos de 2025, as mulheres se mobilizam, não apenas para reafirmar suas vozes, mas para exigir mudanças concretas nas esferas política, econômica e social. Com a urgência dos tempos, elas clamam por um futuro onde a igualdade de gênero deixe de ser um ideal e se torne uma realidade.

A representatividade feminina na política segue sendo um sonho bem longe da igualdade que merecemos. De acordo com dados da Câmara Federal, nas eleições 2024, foi percebido um crescimento discreto no número de mulheres eleitas, o que significa somente dois pontos percentuais, mostrando que as mulheres representam pouco menos de 18% do total de eleitos nos municípios.

As mulheres desejam não só oportunidades, mas também representatividade nas decisões políticas. Historicamente, as mulheres têm sido sub-representadas em cargos de destaque. A política brasileira precisa refletir a sociedade que representa.

“É fundamental implementarmos políticas que incentivem e apoiem candidaturas femininas. A verdadeira mudança acontece quando temos representação nas mesas de decisão. Essa realidade é visível todos os dias no plenário, e a presença de mulheres combativas no legislativo é imprescindível”, é o que nos conta Claudia Brasil, coordenadora de comunicação do Solidariedade na Câmara.

Outro ponto que merece destaque é ausência de políticas públicas eficazes em educação e empregabilidade, que figura entre as principais preocupações. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as mulheres ainda ganham em média 20% a menos que os homens.

Já na segurança, dados Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelam que, em 2023, o Brasil registrou cerca de 1.467 feminicídios. Ou seja, mulheres mortas por razões de gênero, o maior registro desde a publicação da lei que tipifica o crime, em 2015. Além disso, também foram verificados aumentos nas taxas de registros de agressões em contexto de violência doméstica, ameaças, perseguição/stalking, violência psicológica e estupro.

“Embora os números ainda sejam preocupantes no que diz respeito à inclusão das mulheres nas diversas esferas da sociedade, estamos trabalhando de forma determinada para transformar essa realidade e provar que podemos alcançar muito mais. Minha trajetória de vida reflete o cotidiano de inúmeras mulheres que, ao mesmo tempo, cuidam de suas famílias, administram seus lares, estudam e trabalham para conquistar seu espaço e contribuir com o desenvolvimento da sociedade. Por isso, é fundamental que as políticas públicas voltadas para as mulheres sejam efetivas e realmente promovam igualdade de oportunidades”, pontua a vereadora eleita de São Francisco de Itabapoana (RJ), professora Yara.

No campo da ciência e tecnologia, as mulheres anseiam por mais oportunidades. Embora sejam a maioria nas universidades, elas representam uma minoria nas posições de gestão e docência superior, conforme aponta pesquisa realizada na UFU (Universidade Federal de Uberlândia).

À medida que nos aproximamos de um novo ano, o que elas esperam é uma sociedade que não apenas reconheça suas lutas, mas que as valorize e promova.

As vozes femininas estão mais fortes do que nunca. Esperamos que 2025 seja um ano de transformação. Mais do que promessas, queremos políticas públicas que garantam segurança, educação e oportunidades de emprego para todas as mulheres. É hora de virar a página da violência e da desigualdade.

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