outubro rosa

Câncer, recebeu o diagnóstico e está com medo? Vem falar comigo, eu estou na luta!

A conscientização sobre o câncer é importantíssima para que possamos ter uma desmistificação da doença e assim consigamos nos cuidar. Um diagnóstico precoce faz toda a diferença, tornando o processo de cura mais provável. 

Mas apenas a campanha de conscientização não basta…. É importante, mas repito, isso por si só, não basta! 

Precisamos ter um olhar mais atento para a doença, no sentido de prevenir, de conseguir um célere atendimento e uma rede de apoio que nasça não só no seio familiar ou na roda de amigos, mas também que se manifeste em ações práticas por parte dos gestores políticos.

Os números de diagnóstico são cada dia mais crescentes e alarmantes, e com isso o desejo gritante de termos políticas públicas de fato efetivas.

As ações voltadas para a informação, refiro-me aqui àquelas mais simples: a informação, em todos os sentidos, dos direitos do paciente, das reações sobre o tratamento, da vida pós câncer ou em tratamento contra o câncer.  Isso precisa ser extraído a partir de uma escuta de quem vive, de quem sente na pele essa rotina, seja paciente ou profissionais da área oncológica. Pois, a falta de informação qualificada implica na perda de vidas!

Na minha família, inclusive, não se fala a palavra câncer, pois segundo minha vó Ivete, atrai….

Não podemos deixar o medo de falar sobre o CÂNCER bloquear o tratamento e até mesmo desmotivar o paciente e seus familiares e amigos. É preciso incentivá-los a lutar e enfrentar essa batalha, levando conhecimento sobre os desafios e possibilidades desse caminhar. 

Falar no câncer, sem meias palavras, é desmistificar uma doença grave que mata, e mata também pela falta de apoio e acolhimento adequados.  

E, vale lembrar, não é culpa nossa ter câncer! Por mais que em algum momento digam e/ou  comprovem que a doença está relacionada à nossa qualidade de vida, ninguém é responsável por um diagnóstico tão pesado. 

Todos nós, enquanto sociedade, não podemos nos dar ao direito de não conversar sobre a doença, de nos acovardar em torno de estigmas. Precisamos, sim, compartilhar nossas experiências e lutar, juntos, por políticas públicas eficientes e acolhedoras! 

Não quero romantizar, em hipótese alguma, ou dizer que a luta é fácil ou leve. Porém gostaria de compartilhar minha experiência, que tem sido leve na grande maioria do tempo, por ter ouvido, por ter sido acolhida, por ter o tratamento adequado… Por entender que, enquanto mulher, tive que me despir das vaidades, como perder cabelo, adquirir novas cicatrizes, e nem por isso me achar menos bonita.

A vontade de viver me motiva a fazer todos os procedimentos e/ou tratamentos que me mantenham VIVA! Porque, para mim, a doença mais grave que existe é a falta de fé, coragem e esperança… 

Não tenha medo: há possibilidades de vida, mesmo em tratamento quimioterápico ou em qualquer outros da rotina oncológica. E isso eu sei porque vivo neste cotidiano e posso te garantir, com um sorriso largo, que não é apenas “sobreviver ” ao câncer, mas sim ter VIDA mesmo com o câncer.

Sobre a autora:

Larissa Marques é advogada, secretária geral da junta comercial do estado de Pernambuco e secretária estadual do Solidariedade Mulher/PE

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