saúde das mulheres

Outubro Rosa e as políticas públicas pela saúde das mulheres

Segundo a ONG Oncoguia e o Instituto Nacional do Câncer, estima-se que a cada ano sejam diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos de câncer de mama, para a saúde das mulheres apresenta o risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil.

No mundo, o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres. Em 2018, ocorreram 2,1 milhões de casos novos, o equivalente a 11,6% de todos os cânceres estimados. Esse valor corresponde a um risco estimado de 55,2/100 mil.

No Brasil, ocorreram, em 2017, 16.724 óbitos por câncer de mama feminina, o equivalente a um risco de 16,16 por 100 mil.

Não existe somente um fator de risco para câncer de mama, no entanto a idade acima dos 50 anos é considerado o mais importante.

Outros fatores que contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença são fatores genéticos (mutações dos genes BRCA1 e BRC2) e fatores hereditários, além da menopausa tardia, obesidade, sedentarismo e exposições frequentes às radiações ionizantes.

Atendimento no SUS

A melhor estratégia para a saúde ainda é a prevenção e o diagnóstico precoce. Por isso é fundamental que as mulheres tenham acesso a consultas ginecológicas periódicas e exames clínicos que diagnostiquem a situação.

A Lei dos 60 dias (Lei nº 12.732/2012), estabelece que o paciente com câncer tem direito de começar o seu tratamento no SUS, no prazo de 60 dias contados a partir da confirmação diagnóstica, ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada em prontuário único.

Entretanto, a lei precisa ser regulamentada e cumprida em todo território nacional. É importante ampliar o acesso ágil ao tratamento para garantir os direitos das mulheres.

O controle do câncer de mama passa por 5  ações articuladas em todos os níveis de atenção

  • Promoção da saúde e prevenção: ações que atuem sobre os determinantes sociais do processo saúde-doença e promovam qualidade de vida são fundamentais para a melhoria da saúde da população e o controle de doenças e agravos.

Para o controle do câncer de mama, destaca-se a importância de ações intersetoriais que ampliem o acesso à informação e a práticas preventivas, tais como a manutenção do peso corporal e a prática regular de atividade física. A redução das barreiras de acesso aos serviços de saúde para a detecção precoce é também um componente estratégico e que requer a qualificação contínua do Sistema Único de Saúde.

O amplo acesso da população a informações claras, consistentes e culturalmente apropriadas deve ser uma iniciativa dos serviços de saúde em todos os níveis. O INCA desenvolve ações de informação e comunicação em saúde e elabora materiais que subsidiem gestores e profissionais no planejamento e realização de atividades educativas.

  • Detecção precoce: as estratégias para a detecção precoce do câncer de mama são o diagnóstico precoce (abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas iniciais da doença) e o rastreamento (aplicação de teste ou exame numa população sem sinais e sintomas sugestivos de câncer de mama, com o objetivo de identificar alterações sugestivas de câncer e encaminhar as mulheres com resultados anormais para investigação diagnóstica);
  • Tratamento: o prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença (estadiamento), assim como das características do tumor. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. Quando há evidências de metástases (doença a distância), o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.

As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:

  • Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária)
  • Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
  • Cuidados paliativos: os cuidados paliativos devem incluir as investigações necessárias para o melhor entendimento e manejo de complicações e sintomas estressantes tanto relacionados ao tratamento quanto à evolução da doença. Apesar da conotação negativa ou passiva do termo, a abordagem e o tratamento paliativo devem ser eminentemente ativos, principalmente em pacientes portadores de câncer em fase avançada, onde algumas modalidades de tratamento cirúrgico e radioterápico são essenciais para alcance do controle de sintomas. Considerando a carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e psicológicos que se avolumam no paciente com doença terminal, faz-se necessária a adoção precoce de condutas terapêuticas dinâmicas e ativas, respeitando-se os limites do próprio paciente frente a sua situação de incurabilidade. (Fonte: INCA)

Para um diagnóstico precoce, é importante que a mulher sempre realize o autoexame e vá ao ginecologista ao menos uma vez ao ano.

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