mulheres no campo

Mulheres no campo: temos políticas públicas voltadas para elas?

Segundo o Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), as mulheres no campo representam 80% dos produtores rurais em programas de agricultura familiar. Essa participação expressiva se deve ao PAA (Programa de Aquisição de Alimentos) que criou políticas de incentivo para as mulheres como critérios de priorização na seleção e execução do programa a participação mínima de 40% de mulheres como beneficiárias fornecedoras na modalidade de Compra com Doação Simultânea (CDS) e 30% na de Formação de Estoque (CPR-Estoque). 

Quando o assunto é liderança feminina em propriedades rurais de todos os formatos, a figura muda um pouco: as mulheres estão à frente de 33,3%, ocupando posições de comando do negócio, como proprietárias ou coproprietárias.

Apesar das boas perspectivas, ainda é grande o abismo que insere as mulheres do meio rural em condição inferiorizada frente aos homens. Em pesquisa realizada pela Corteva Agriscience, no ano de 2018, com 4.157 mulheres atuantes no agronegócio em 17 países, é possível observar que no Brasil: 

  •  A discriminação de gênero é uma realidade, confirmada por 78% das entrevistadas; 
  • Em 49% das respostas, a remuneração é menor que a dos homens nas mesmas funções;
  • Para 42% das entrevistadas, o acesso a financiamentos é mais restrito, em comparação aos homens.

Este recorte nos mostra que ainda há muito a ser conquistado, apesar dos avanços em relação à participação feminina no campo. Diante da crescente representatividade feminina no setor agro, a Organização das Nações Unidas – ONU instituiu o Dia Internacional da Mulher Rural, celebrado em 15 de outubro.  Hoje as mulheres com atuação no agronegócio já ocupam 43% da força de trabalho, porém muitas almejam alcançar melhores resultados no setor, por meio de investimentos em aperfeiçoamento profissional e melhoria do acesso à tecnologia. (Fonte: IDEAGRI)

Para a construção de políticas públicas é fundamental que as mulheres da área sejam efetivamente ouvidas. Ainda há muito o que avançar para modificar esse cenário.

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