Foram analisados os resultados das eleições de 2000 a 2012, onde a eleição entre um homem e uma mulher foi decidida por uma margem estreita.
Quando uma mulher é eleita prefeita, a tendência é que as jovens de 14-15 anos sejam influenciadas a se registrarem para votar nas eleições seguintes, quando estiverem com idade entre 16-17 anos, fase em que o voto ainda é facultativo.
E o efeito inverso também pode acontecer: quando uma mulher perde a eleição, também reduz o número de meninas que buscam se registrar para votar.
Para fazerem o estudo, os pesquisadores levaram em consideração um conjunto de cidades sem segundo turno e onde a eleição teve resultado apertado entre o candidato e a candidata. Em 2012, foram 150 vitórias de mulheres contra 141 derrotas. Destes casos, em 30 cidades, a margem da vitória foi de apenas 1%.
Nas eleições seguintes, foi possível observar que nas cidades onde as mulheres venceram, 52% das adolescentes se registraram para votar. Naquelas onde perderam, esse número cai para 48% das meninas.
A pesquisa foi publicada no European Journal of Political Economy em maio deste ano pelos mesmos estudiosos que analisaram a relação entre eleição de mulheres com ensino superior e o aumento do número de candidatas em pleitos subsequentes.