De acordo com uma pesquisa feita pela revista Crescer, 94% das mães que exercem atividade remunerada relatam ter dificuldade para conciliar a carreira com a maternidade.
As principais queixas são relacionadas ao preconceito com a mulher que se torna mãe, políticas trabalhistas antiquadas e a falta de flexibilidade de horários.
A falta de suporte tanto da empresa quanto da rede de apoio materna é o grande empecilho que as mulheres passam. Infelizmente, ainda é comum que muitos empregadores ainda perguntam:
“Quem vai cuidar dos seus filhos para você trabalhar? E se ficarem doentes, você vai ter que faltar? Tem alguém para levá-los ao pediatra todos os meses? Quem é mãe e busca uma oportunidade no mercado de trabalho já deve ter ouvido muitas perguntas como essas.”
Essas perguntas demonstram como o preconceito ainda existe no mercado de trabalho. Para a OIT (Organização Internacional do Trabalho), contar com mães nas organizações é benéfico: 60% das empresas lideradas por mulheres registraram melhores resultados, além de melhorias na captação e manutenção de talentos, criatividade, inovação e melhoria no atendimento às necessidades dos consumidores.
Como as empresas podem melhorar esse cenário
A cultura e a liderança das empresas precisam passar por uma profunda revisão, especialmente na maneira como a licença-maternidade e a volta ao trabalho são conduzidas internamente. Outro ponto crucial é a oferta de benefícios condizentes como creches ou auxílio-creche, horários flexíveis e menor jornada de trabalho para as mães com filhos até 5 anos.
Algumas empresas de tecnologia no estilo startup já tem aplicado essas mudanças culturais. Por outro lado, 43,5% das empresas listadas na bolsa de valores brasileira não têm nenhuma mulher no conselho de administração, de acordo com levantamento ESG Mulheres na Liderança.
Os dados também apontam que, em 2019, a proporção de mulheres sem filhos de até 3 anos de idade com um emprego era de 67,2%. Entre as profissionais com filhos nessa faixa etária, o total de mulheres empregadas caía para 54,6%. (Fonte: Mundo RH)
Para reduzir essa diferença também é importante o investimento nas licenças-paternidade, caminhando em direção à igualdade de gênero.
Iniciativas de mães
Pensando em superar essas barreiras, muitas mulheres se organizam em grupos e promovem iniciativas como a Mamajobs, que busca ligar candidatas com empresas que aderiram à ideia de vagas flexíveis.
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