independência feminina

A independência feminina

Você deve se lembrar das aulas de história e saber de cor que, no dia 07 de setembro, D. Pedro I, às margens do rio Ipiranga, declarou o Brasil independente de Portugal. Mas você sabia que, cinco dias antes, a princesa regente Maria Leopoldina assinou o decreto que tornou este fato oficial? 

Pois é, já havia rumores de que D. Pedro pensava em voltar para Portugal, o que rebaixaria o Brasil a colônia novamente. Com isso, vários movimentos aconteciam pelo país e, com o risco de uma guerra civil separasse a Província de São Paulo do resto do Brasil, o monarca deixou a então capital, Rio de Janeiro, para apaziguar os ânimos. 

Por conta das notícias vindas de Portugal, Dona Leopoldina não teve tempo de esperar pelo marido e teve que tomar a atitude de decretar a independência do Brasil. Avisou por carta D. Pedro I, que ficou sabendo do ato em 07 de setembro, quando fez o ato simbólico conhecido como Grito do Ipiranga. 

Papel das mulheres na independência do Brasil

Costumeiramente, a história ensinada nas escolas foca na condução das situações pelos homens. Por óbvio que sim, ainda existiam diversas barreiras à presença das mulheres. Mas também tinham mulheres dispostas a quebrar esses paradigmas, como Joana Angélica, uma abadessa baiana que era responsável pelo Convento da Lapa, em Salvador (Bahia). Soldados portugueses tentaram invadir o convento em busca de armamento e soldados brasileiros e a religiosa foi a responsável pela resistência do espaço. Ferida no confronto, faleceu antes da independência ser decretada. 

Outra mulher importante nesse processo foi Maria Quitéria, conhecida por usar roupas dos soldados, assumir o nome de Medeiros e atuar em inúmeros combates pela consolidação da independência, na cidade de Salvador. Se quiser saber mais sobre a atuação das mulheres nesse importante processo para o Brasil, leia aqui e aqui

E a independência feminina no Brasil, como está? 

Na prática, a independência do Brasil declarada em 1822 significava que o país tornava-se autônomo em relação à Portugal. E para as mulheres brasileiras, o que significa a independência?

Acelerando 199 anos na história brasileira, 45% dos lares brasileiros são sustentados por mulheres. Quando se trata de ensino superior, mulheres estão 6 p.p. a frente dos homens. No entanto, embora estejam mais capacitadas, as mulheres ocupam apenas 93% dos cargos gerenciais (públicos ou privados). E, conforme o nível hierárquico sobe, diminui a presença das mulheres. 

Em relação aos rendimentos médios do trabalho, as mulheres seguem recebendo, em média, cerca de ¾ do que os homens recebem. Em 2016, enquanto o rendimento médio mensal dos homens era de R$2.306, o das mulheres era de R$1.764. Se por um lado já evoluímos muito em direção à igualdade e consequente independência das mulheres, dados como este e sobre a violência de gênero demonstram o quanto ainda é preciso caminharmos.

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